Amadurecimento tardio?
Ontem, lendo o estadão, encontrei a seguinte matéria: "'Distração digital' aumenta ignorância, diz professor". Um trecho me chamou a atenção: "... A tecnologia ligou os jovens de uma forma tão intensa que os relacionamentos com adultos estão diminuindo. Eles estão cada vez menos maduros, prolongando a adolescência até os 30 anos...". Será que é por conta disto que estamos vendo cada vez menos interesse e participação nos nossos alunos? Será que os nossos jovens de 18-20 anos continuam sendo adolescentes de 13-14 anos (em média)? O que podemos fazer, na Universidade, para despertar o interesse, participação e vontade social dos nossos alunos? O que podemos fazer para que eles percebam que a Universidade é muito mais que apenas assistir aulas e estudar para provas, que uma grande fração do conhecimento que definirá o seu futuro será adquirida fora da sala de aula? Espero que daqui a dez anos eu tenha um discurso diferente daquele dos professores atuais.
three comments
Oi Cristina, obrigado pelo comentário. De fato, o que você sugere pode ser um fator sim. Mas espero que quem leia este post reflita sobre como ser mais ativo no seu processo de formação e amadurecimento. Aquele comentário sobre alunos de dez anos atrás terem mais interesse participativo que os atuais eu ouvi muitas vezes nas últimas semanas, por diferentes professores. Juntando junto o encontro da COC-L e a matéria que citei acima, não pude deixar de me fazer estas perguntas. Realmente ainda não tenho claro as respostas. Obrigado também pelo comentário sobre o LabFlex.
Olá Alexandre! Numa visão pessoal, como aluna e colega de alunos, acho que o que acabou acontecendo para que nos tornássemos menos ativos em comparação aos alunos de anos anteriores é que para nós ativo se tornou sinônimo de fazer cadeiraço e invadir reitoria. Quero deixar bem claro, que não deveria ser assim, é uma visão extremista e principalmente muito cômoda, afinal, assumindo essa postura não participamos de nossa formação. Acredito ainda que essa apatia é característica dessa geração como um todo, somos (inclusive eu) apáticos em relação às questões políticas e sociais de um modo geral. Também não tenho muito claro essas respostas.
n Mudando de assunto, trabalho com formação de professores e há algumas questões pedagógicas que a mim interessam profundamente no LabFlex, poderíamos discutir um dia sobre o assunto.
Obrigada desde já.
Abraços, Leika
Olá Alexandre, quanto o seu comentário sobre os alunos de primeiro ano que não freqüentaram a reunião da COC, tenho a seguinte hipótese: a semana não tinha aula e eles foram pra casa. E como a reunião era exatamente no meio da semana, não seria monetariamente interessante que voltassem apenas para a discussão. Não que a reunião tenha sido importante e interessante, eu mesma participei em parte, e achei muito produtivo. Mas, os calouros acabaram de sair de casa, e qualquer oportunidade para ficar um pouco mais com a família acaba pesando mais.
Parabéns pela iniciativa do Labflex!!
Abraços. Cristina Leika