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Um dos possíveis cenários para o fim do mundo com o LHC é a criação de matéria estranha, ou strangelets. Essa matéria, por ser mais estável que a matéria comum, supostamente converteria toda a matéria comum em estranha. Strangelets são estados hadrônicos compostos por quarks up, down e strange. A inclusão de quarks strange tornaria o sistema energeticamente mais ligado, isto é, mais estável. A busca por evidências da existência de strangelets não é recente. Há muitas décadas busca-se por esses estados em experimentos de física nuclear de altas energias, como os do AGS e RHIC, só para citar dois exemplos. Nunca se observou evidências da sua criação nesses experimentos. Contudo, a energia disponível no LHC será muito maior que aquelas obtidas em aceleradores até então construídos. Nesse caso, quem sabe poderíamos criar esses estados de matéria? Há perigo? Um argumento contrário ao cenário catastrófico é o constante bombardeamento que sofremos por raios cósmicos. Uma fração desses raios cósmicos possui energia muitas ordens de grandeza maiores que a do LHC. Se strangelets são, de fato, criados nessas colisões, por serem mais estáveis que a matéria normal, eles devem estar presentes por ai. Nesse espírito de investigação, grupos de pesquisa procuram por evidências da sua existência em solo lunar. A lua é constantemente bombardeada por raios cósmicos de altíssimas energias. O fato de não possuir atividade geológica e campo magnético facilita muito o trabalho. Adicione a isso os bilhões de anos de bombardeio. Esses grupos de pesquisa, utilizando de técnicas de espectroscopia de massa com aceleradores (AMS) procurou pela existência de strangelets nas amostras de solo lunar trazidas pela Apollo 11. Os resultados dessa pesquisa foram publicadas na Physical Review Letters em agosto de 2009. Os resultados não indicam presença de strangelets. Ainda não é dessa vez que encontraremos evidências da existência desse estado de matéria. Mais informações podem ser obtidas aqui.
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