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13 de setembro de 1987
Nesta data ocorreu o pior incidente radiológico brasileiro. Hoje lembramos os 20 anos deste incidente. Uma cápsula radiológica contendo cloreto de césio foi roubada e desmontada em um quintal na cidade de Goiânia, GO. As peças desta cápsula foram vendidas a um ferro-velho alguns dias depois. Neste processo de desmonte, vazou o pó de cloreto de césio, contaminando pessoas e ambiente. Para piorar, este pó apresenta luminescência, o que chamou a atenção das pessoas envolvidas, que utilizaram o pó em brincadeiras, presentes, etc. Neste processo, vários locais e pessoas foram contaminadas. O nível de contaminação era bastante elevado e fizeram estas pessoas se sentirem mal algumas horas depois. Mas, como de costume, o farmaceutico da esquina achou que era somente indisposição. Somente 16 dias depois, em 29 se setembro de 1987 é que percebeu-se que os sintomas eram causados por radiação, pois a vigilância sanitária tomou conhecimento do desmonte da cápsula. Pessoas já estavam internadas em hospitais e o Físico Walter Mendes Ferreira soou o alerta de contaminação. Muitos procedimentos mudaram nestes 20 anos. A CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) se desenvolveu e a comunidade aprendeu muito com este incidente no que diz respeito à proteção, monitoração e resposta a incidentes nucleares. O número de pessoas expostas ao césio superou 100 mil, sendo pouco mais de 100 aquelas que sofreram contaminação interna, 21 em estado grave, com 4 vítimas fatais. Para mais informações sobre o incidente, clique aqui, aqui e aqui.
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Alexandre Suaide é Professor livre docente do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e desenvolve atividades de pesquisa na área de íons-pesados relativísticos nos experimentos STAR (RHIC), localizado no Brookhaven National Laboratory, EUA e Alice (LHC), no Cern.
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